A Cultura de Paz e da Não Violência


A Meditação Cristã é um excelente meio para a formação de uma cultura de paz e não-violência. John Main dizia que a melhor forma de se preparar para a meditação era por meio de pequenos atos de bondade. Além disso, bondade, gentileza, compaixão, empatia, alegria e paz são alguns frutos dessa prática. A prática da meditação faz com que deixemos o nosso "Eu" para trás e nos movemos em direção a necessidade do outro.  Passamos a compreender as necessidades verdadeiras dos outros e diminuímos nosso egoísmo.

A UNESCO denominou a década passada (2001-2010) como a Década Internacional para uma Cultura de Paz e Não Violência e ressalta a importância fundamental da educação para a construção da paz. Os professores e pais devem ser os "construtores"da paz do dia-a-dia por meio de atitudes de diálogo e não-violência, por valores de tolerância, abertura para o outro e partilha.

Philippe Meirieu diz que o propósito da escola é "fomentar a humanidade nos seres humanos". 

Em seu livro Não-Violência na Educação, Jean-Marie Muller, fundador e diretor do Instituto de Pesquisas sobre Resolução Não-violenta de conflitos, elucida o conceito:

" Foi Gandhi que deu ao Ocidente o termo não-violência, como tradução para o termo sânscrito ahimsa, que aparece com frequência na literatura hindu, jainista e budista. Ahimsa é um composto do prefixo negativo a e do substantivo himsa, que significa o desejo de ferir ou cometer uma violência contra uma criatura viva. Ahimsa é, portanto, o reconhecer, domar, dominar e transmutar o desejo por violência encontrado nos seres humanos, que os leva a querer elimar, excluir, livrar-se ou machucar seus semelhantes. [...] A não-violência é, na verdade, a inocência reabilitada, como virtude dos fortes e sabedoria dos justos. [...] Para Gandhi, a não-violência não é, em primeira instância, um método de ação, mas uma atitude; basicamente uma forma benevolente e generosa de olhar para os nossos companheiros de humanidade, em especial os "outros": o estrangeiro, o estranho, o intruso, o importuno, o inimigo. [...] Em sua forma ativa, a não-violência se expressa como cordialidade em relação a tudo que vive."

Arun Gandhi, presidente fundador do Instituto de Não-Violência M. K. Gandhi, ressalta:

"A menos que 'nos tornemos a mudança que desejamos ver acontecer no mundo'(como diria meu avó), nenhuma mudança jamais acontecerá. [...] Se mudarmos a nós mesmos, poderemos mudar o mundo."







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