Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento da
educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.
O ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente
sobre o domínio do aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a fazer.
Estas aprendizagens, direcionadas para a aquisição de instrumentos de
compreensão, raciocínio e execução, não podem ser consideradas completas sem os
outros domínios da aprendizagem.
As escolas tem dificuldade no desenvolvimento dos pilares "Aprender a
Ser" e "Aprender a viver com os outros". O projeto BRINCANDO DE MEDITAR tem como objetivo dar suporte para o
desenvolvimento desses pilares que são fundamentais para a plenitude do ser
humano.
CONHEÇA MAIS OS 4 PILARES:
Aprender a ser
(via essencial que integra os demais pilares)
Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”.
Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”.
À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui
da educação de valores e atitudes, mas já não direcionados para a vida em
sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual.
Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente
ativos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de
comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e
proativa na sociedade.
Aprender a viver com os outros
(a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas)
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores
desafios para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai
neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou
diárias. Se aposta na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão;
mas como fazê-lo?
O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma
proposta baseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do
outro” pois, sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o
conhecimento real e profundo da diversidade humana combate diretamente este
“desconhecido”.
Aprender a Conhecer
(Adquirir os instrumentos da compreensão)
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do
conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução,
memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve
existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes processos em si,
como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de aprender, de querer saber mais e
melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada, não apenas como um
meio para um fim, mas também como um fim por si. Esta motivação pode apenas ser
despertada por educadores competentes, sensíveis às necessidades, dificuldades
e idiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes apresentarem metodologias
adequadas, ilustradoras das matérias em estudos e facilitadoras da retenção e
compreensão das mesmas.
Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento,
a capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e
dispositivos intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas
próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico.
Aprender a Fazer
(Para poder agir sobre o meio)
Em vista a este objetivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.
Em vista a este objetivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.
Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as
bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação
técnico-profissional do educando. Consiste essencialmente em aplicar, na
prática, os seus conhecimentos teóricos. Atualmente existe outro ponto
essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que
cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas
também interpretar e selecionar as torrentes de informação, muitas vezes
contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes
perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos fatos e
informações.
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors. O Relatório está
publicado em forma de livro no Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a
Descobrir (UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999). Neste livro, a
discussão dos "quatro pilares" ocupa todo o quarto capítulo, pp.
89-102, que aqui se transcreve, com a devida autorização da Cortez Editora.
Fonte: http://4pilares.net/text-cont/delors-pilares.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário